quinta-feira, 23 de outubro de 2008

CApitães de Areia e do Cais

Capitães da areia e do cais

Surgem vários pequenos
Das favelas, das mansões
O que se pode perceber
São várias deturpações

Pois bem, o primeiro da favela
É tão criança quanto o da mansão
Mas no mundo todos vivem
Na harmonia desarmônica
Que é a grande exploração

No meio disso tudo surge
A ideologia da inversão
De mostrar que o lixo é o pobre
E o pobre o ladrão
Mas sem mostrar quem joga o lixo
É fácil dizer quem é sujo
E também quem é vilão

Contudo a burrice prospera
Do lado “alto” da população
Pois o mesmo rico que cria o larapio
É o que sofre com a privacidade-prisão
Pois o palácio vira claustro
Pena que com mordomias de mansão

Na banda do mundo rico também vivem
Os almofadinhas de plantão
Perdem quase todo o tempo de suas vidas
Na enorme complicação
Que é a proeza de enfiar
As suas bufas no cordão

Os pequenos maltrapilhos
Também têm muita serventia
Somando-se a massa pobre
Sustentando a economia

Enfim os pequenos crescem
E com eles as dificuldades
De se imaginar uma sociedade feliz
Coberta de igualdade

O que resta é o apelo
Pra tratar os tais meninos
Com merecido e verdadeiro zelo

Não enchendo os ricos de egoísmo
Nem os pobres de sobejos
Dos restos que ainda sobram
Da alegria dos primeiros

George Gragório

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