sábado, 28 de agosto de 2010

Lágrimas de um dia comum

Meu corpo tremia
Em soluços,
Tudo em mim desabava.

As lágrimas aos poucos
Banhavam-me por inteiro.

Em alguns minutos
Meu corpo inerte ao chão
Depois de tanta dor
O vazio me percorreu.

Então soube
Exatamente o que sentia.

Algumas pétalas

A pequena rosa
Ainda desconhece
A esperança em meus olhos.

E brinca entre sorrisos
Que se enchem de sonhos.

Delicadamente sensível
A cada sentimento.
Delicadamente agressivo
A cada lágrima.

Uma rosa ainda criança.

Meus olhos Procuram

Meus olhos procuram
Por cada detalhe
Um sorriso sem jeito
Um olhar ao longe.

A pele rosada ainda quente
Que teimava em sentir frio.

Observava meio sem jeito
Teu cabelo espalhado
Sob um céu ainda nublado.

E nem todo sorriso
Teu era meu,
Mas todo sorriso
Meu era teu.

sábado, 21 de agosto de 2010

O perfume da chuva

O vento frio entra pela janela,
Enquanto a chuva me perfuma,
Enquanto me envolvo entre poesias,
E me encontro carente.

E o teu perfume,
Me vem a cabeça.
Como explicar,
Que com toda a distancia,
Ainda sinto teu cheiro.

Quanto mais me aproximo de ti,
Mais carente fico,
Sedento de teus lábios,
E de teus carinhos.

E continuo,
A banhar-me na chuva,
De braços abertos ao mundo.
14/10/2008

Um mundo Alheio

Ficamos aos montes
Escondendo-nos,
Sozinhos observamos
O que nos observa.

Cada erro alheio
Uma vitória nossa,
E por fim esquecemos
Que não somos vencedores.

O mundo se constrói
Em meio à fantasia
E se dissolve
Em meio à realidade.
Os outros perfumes
Confundiram o sabor do teu,
E o barulho não me deixava
Ouvir tua voz.

Falava do encanto
Enquanto sorria,
E corria meus olhos
Sobre teu vestido.

Depois somes dos meus olhos
E levas meu nome consigo.

E o que me resta
É a incerteza
Do sabor de teus lábios.

Amanhã e Depois

Aquela fome que tinha
Dos teus lábios passou.

Como o perfume suave
Que me trouxe a lembrança
De nossos abraços.

Meu riso em teus olhos
Nunca foi tão belo.

O tempo trouxe-me
A saudade de ontem
E a esperança do amanhã.