domingo, 18 de outubro de 2009

Minha Saudade

Fecho os olhos e te vejo
Angustiado por estar aqui
Sinto teu cheiro
Lembro-me de abraçar-te
Essa é a minha saudade.

28/02/2007

Carta nº2

Olhem meus amigos
Esse mundo agora
Meninos e seus inimigos
Que não vêem a aurora.

Mas ainda há beleza
No canto das crianças
Que nos dá esperança
Afastando a tristeza.

O mundo não piorou
Meu caro amigo
Apenas se renovou.

28/08/2007

Caminhei no deserto

Caminhei no deserto
Nos meus pensamentos
Brindei de ser herói
Enquanto me escondia
Lutei contra dragões
Sem sair ferido.

Venci o invencível
E sai como perdedor
E me perdi na procura.

Escrevi um poema
Que continuou em branca.

26/03/2007

Caixa de Chocolate

Como és atraente
Com um perfume apaixonante
Como gostaria de tê-la
Só para mim.

Saber o seu sabor
Ao tocar meus lábios
Falar deste meu desejo é difícil
Quando estamos tão perto.

Sua delicadeza
Nos desperta
Por não saber como tocá-la.

Como não posso tê-la
O que me resta é
Admira-la em silêncio.

10/09/2007

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Tua Ausência

Posso ver milhares
De luzes tentando
Iluminar o meu sorriso
Que ausente espera o teu.

O céu quase
Sem estrelas
Me deixa voar
Até teus braços.

E na infinitude
Da escuridão
Ainda me sinto só.

21/11/2008
Phelipe Bezerra Braga

Sangue da Beata

Do derramamento de sangue
Nasceu o milagre de Pe. Cícero
Os anos se passaram
A fé no santo padre
Continua arrastando milhões de fieis
Em peregrinação.

E o derramamento de sangue
Repete-se nos dias de Romaria.
Enquanto as velas queimam
E as orações se repetem.

20/11/2008

Amanhã vou ser melhor

Amanhã vou ser melhor,
Serei mais sincero comigo mesmo
Mais honesto com os próximos
Amarei muito mais as pessoas
Me apaixonarei ainda mais
Me entregarei por inteiro
E sonharei acordado.

08/09/2008
Phelipe Bezerra Braga

Lavadeiras

A pernambucana teima
Em lavar roupa na beira
Do São Francisco.

Teima em querer
Sustentar a família
Assim sozinha.

Às vezes esquecem
De seus filhos
Sozinhos que tentam sorrir.

E se banham
No velho Chico
Tentando esquecer o futuro.

28/11/2008
Phelipe Bezerra Braga

Ainda Devo-me Satisfação

Tudo deve acontecer naturalmente
As flores devem desabrochar
Na primavera.

Devo chorar nas despedidas
Sorrir nos reencontros.

Devo-me satisfação
Devo sorrir nas despedidas
E chorar nos reencontros.

Tudo deve acontecer naturalmente
As folhas caem no outono
Mas aqui, não há outono.

22/11/2008
Phelipe Bezerra Braga