segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Juazeiro

JUAZEIRO

Observo as luzes
E sei que você está lá
Pensando no que fazer,
Enquanto penso em você.

O vento frio
Traz teu perfume,
E lembro-me do calor de teu corpo.

Que meus pés
Consigam te encontrar
E meus sussurros
Encantar-te.

01/03/2008
Phelipe Bezerra Braga

Reencontro

REENCONTRO

Depois de tanto tempo esquecidos
Ainda guardo o mesmo silêncio,
Sua voz ainda é a mesma.

O meu sorriso agora
Contempla a beleza do teu.
Enquanto espero um novo encontro,
Imagino o teu olhar.

25/02/2008
Phelipe Bezerra Braga

Distância

DISTÂNCIA

Olho a lua
Que gosto tanto
Mesmo a distancia.

E olho você
Que gosto tanto
A um passo de mim.

Um sentimento calculado
Em segundos ou anos-luz
É o mesmo.

Ao passo que suspiro
Ao admira-lás.
A lua que ilumina
Meu caminho até você.

08/10/2007
Phelipe Bezerra Braga

Vermelho

VERMELHO

Não quero ser esse vermelho
Que com o tempo descolore.
O meu vermelho não esta na camiseta
Ou na bandeira que carrego.

O meu vermelho esta na minha paixão
Pela luta.
No meu pensamento esperançoso
No sangue que me move.

Serei apenas um vermelho,
Que ama todas as cores.

02/02/2008
Phelipe Bezerra Braga

EncontradoH

ENCONTRADOH

Na procura por alguém
Você me encontrou,
E mesmo tão distante
Sempre acabo em teus braços,
Tuas pernas em minhas mãos
Meus lábios junto aos teus.
Meu sorriso não é o mesmo
Sem você.

02/02/2008
Phelipe Bezerra Braga

Quantos

QUANTOS

Quantos segundos irei esperar teu sorriso.
Quantos minutos escutarei teu silêncio.
Quantas horas pensarei em ti.
Quantos dias irei esperar o nosso reencontro.
Quantos anos ficaremos juntos.
Quantas eternidades durará os nossos beijos.
Quantos...

02/02/2008
Phelipe Bezerra Braga

Fantasmas II

FANTASMAS II

Não riam,
Das crianças soldados da África,

Não chorem,
Pelas crianças mortas em Cabul.

Não tremam,
Pelas crianças famintas dos lixões no Brasil.

Não esqueçam,
Elas são crianças.

02/02/2008
Phelipe Bezerra Braga

Fantasmas

FANTASMAS

Meninos que pedem a mão
Sem ter o que comer,
Não só querem pão
Querem existir.

Correm atrás de trocados
Para sobreviver,
Mas o que querem é VIVER.

E os meninos sujos
Desaparecem aos nossos olhos,
E eles continuam a GRITAR.

30/01/2008
Phelipe Bezerra Braga

Hier

HIER

Ainda sinto o teu perfume
Em meu corpo.
Ainda sinto o teu sabor
Em meus lábios.

Meu corpo
Ainda aquecido com o teu,
Minhas mãos
Ainda ocupadas.

E meus olho,
Fixos em teu sorriso.

08/01/2008
Phelipe Bezerra Braga

Carência

CARÊNCIA

Me sinto carente
Mesmo estando a sorrir
Em teus braços.

Como se faltasse algo
Em meio aos teus beijos,
E olhares que trocamos.

Como se faltasse
A poesia em teu sorriso,
Que me alegra tanto.

07/01/2008
Phelipe Bezerra Braga

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Espera Noturna

ESPERA NOTURNA

A menina,
Espera toda a noite
Na porta de casa,
Alguém que não virá.

Enquanto o vento frio
Faz-lhe companhia.
Enquanto a lua crescente lhe sorri.

A menina espera
Alguém que nunca virá,
Em vez de abraçar
Alguém que estará
Sempre ao seu lado.

04/09/2008
Phelipe Bezerra Braga

Bem no fundo

BEM NO FUNDO

No fundo
Ninguém se conhece,
Ninguém quer se conhecer.

No fundo
Somos iguais,
Mas não a queremos.

No fundo,
Bem no fundo,
Estamos escondidos.

28/08/2008
Phelipe Bezerra Braga

A lua que sorri

A LUA QUE SORRI

Todas as noites
Ela aparece e sorri
Sempre tão distante,
Temendo se aproximar.
Ela foge devagar
Deixando seu rastro no céu.

Teme me ferir
Mesmo sabendo
Que estarei sempre
A sorrir.

Ela mal sabe
Que sorrindo
Faz-me tão bem.

04/08/2008
Phelipe Bezerra Braga

TEMOS

TEMOS

O que temos,
O que tenho,
O que temo.

Temos sono,
Tenho um sorriso,
Temo um olhar.

Temos desejos,
Tenho um desejo,
Temo desejar.

Temos sonhos,
Tenho um poema,
Temo teu desprezo.

13/08/2008
Phelipe Bezerra Braga

PEGO

PEGO
Meus lábios ainda doem
E fogem dos teus.
Enquanto meus olhos
Á procuram.

Minhas mãos
Dançando em teu corpo,
Enquanto minha carência
Torna-se caricia.

Tua pele suave
Ainda que suada
Encantava-me pelo perfume.

Enquanto falavas
Pensava em calar-te,
Com um beijo.

23/08/2008
Phelipe Bezerra Braga

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Tus Besos


TUS BESOS

Tan suaves como El poner Del sol,
Salados como las aguas Del mar,
Que me cautivam por entero.

Momento de aguas tranquilas,
E instantes de resaca,
Tus besos son sencillos,
Como um sueño,
Que se vuelvan em realidad.

20/08/2008
Phelipe Bezerra Braga

A Lua


A LUA


A lua sempre está lá
Quando preciso observá-la,
Meus olhos sempre a procuram
Em busca de um sorriso.

Ela sabe onde me encontrar
Sabe onde caminho,
Sabe o que procuro.

Ela sempre passa por mim
Mas continuará
Sempre ao meu lado.

17/08/2008
Phelipe Bezerra Braga
P.S.: A imagem é da obra "A lua" de Tarsila do Amaral.

O Céu Negro


O CÉU NEGRO

O céu negro
Que me encanta
É o mesmo de todas as noites.

Serei sempre o mesmo
Ao admirar tua beleza,
E continuarei ao teu lado.

Dedicarei minhas noites
E meus versos a ti.
Enquanto meus olhos
Brilharem como estrelas.

17/08/2008
Phelipe Bezerra Braga

Só Somos

SÓ SOMOS

Somo homens e mulheres
Que sonham.
Homens e mulheres normais
Que buscam a felicidade.
Homens e mulheres simples
Que tomam banho de chuva.
Homens e mulheres sensíveis
Que choram no carnaval.
Homens e mulheres que lutam
Por seus ideais.
E brilham na escuridão do céu.

24/02/2008
Phelipe Bezerra Braga

Banco de Praça


BANCO DA PRAÇA

Não tema sorrir
E me fazer sorrir.
Não tenhas medo
De tentar sorrir.

Teus olhos vão brilhar
Como as estrelas
Enquanto observamos o luar.

E se ainda lhe restar medo
Poderá segurar em minha mão,
Enquanto sussurro em teu ouvido
Teus versos de amor.

20/08/2008
Phelipe Bezerra Braga

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Dois Olhos Negros

DOIS OLHOS NEGROS

Senti falta de dois olhos negros
Como o céu noturno,
Senti falta de um perfume suave,
Senti falta de um sorriso tímido,
Senti falta de ver teus cabelos ao vento,
Senti falta de tua voz.

06/06/2008
Phelipe Bezerra Braga

Duas Décadas

DUAS DÉCADAS

Sobrevivi a duas décadas,
Espero viver ainda muito mais.
Espero ainda sofrer
Inúmeras vezes por amor.

Espero me distrair
Com o perfume das flores
Enquanto solitárias
Suas pétalas vão ao chão.
30/07/2008
Phelipe Bezerra Braga

Normalidade Insuportável

NORMALIDADE INSUPORTÁVEL

Não quero essa normalidade,
Essas máscaras não me cabem.
Não quero ser um personagem
Num mundo fantástico.

As pessoas mentem
Não consigo suportá-las,
Elas sempre me machucam.

Não quero essa normalidade,
Não consigo suportá-las.
As pessoas mentem,
Essas máscaras não me cabem.

17/07/2008
Phelipe Bezerra Braga

Dificuldades ?

DIFICULDADES?

Não é difícil encontrar alguém
Que nos faça sorrir.
Que nos alegre e nos faça cantar
No meio da multidão.

O difícil é manter-la
Ao nosso lado
Quanto mais precisamos,
Em nosso egoísmo.

É difícil
Fazer alguém sorrir
Todos os dias.

É difícil
Compartilhar o amor.

16/07/08
Phelipe Bezerra Braga

Solidão Fria de Julho

SOLIDÃO FRIA DE JULHO

Alguém bem que poderia me abraçar agora,
Vou esperar mais um pouco
Pelo carinho hoje me negado.

Alguém bem que poderia falar comigo agora,
Tudo aquilo que eu já disse
E sempre sonhei em escutar de tua boca.

17/07/2008
Phelipe Bezerra Braga

Espero

ESPERO

Durante semana
Esperei uma carta tua.
Há dias espero
Um telefonema teu.

Espero tua resposta,
De uma pergunta
Que não fiz.

A cada minuto
Espero a tua voz,
Espero-te
Chamar meu nome.

Calmo,
Espero teu sorriso
Ainda que tardio.
10/07/2008
Phelipe Bezerra Braga

Contato

CONTATO

Há como quero.
Como quero
Teus lábios
Junto aos meus.
Teus seios
Em minhas mãos.
Tuas pernas
Entre as minhas.
Teus sussurros
Em meus ouvidos.
Teu suor
Em minha pele.
Teu perfume...
Há como quero,
Um sorriso teu.

15/05/2008
Phelipe Bezerra Braga

Me

ME

Vem e me faz sonhar,
Me leve às estrelas,
Mostre-me a eternidade
Em teus beijos.

Me leve embora,
Não quero ficar
Aqui sem você.

Mostre-me teu sorriso,
Mostre-me o infinito
Nos teus olhos.

11/05/2008
Phelipe Bezerra Braga

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Despedida

DESPEDIDA

Cada encontro um sorriso
Um abraço caloroso
Alguns beijos de afeto
Um olhar respeitoso.

Cada momento entre nós
É infinitamente inesquecível,
Como se fosse o ultimo,
Entre sorrisos.

A despedida sempre simples,
Um até logo tão dolorido,
Que sinto uma parte de mim,
Indo embora.

Um encontro
Uma despedida
Tão crua
Quanto minhas lágrimas.

11/08/2008
Phelipe Bezerra Braga

Pela Noite

PELA NOITE

Minha caminhada noturna
Não é mais a mesma.
Não temo mais por mim,
Temo pelo mundo.

A rua vazia
O vento frio
Não me aterrorizam.

Os fantasmas escondidos,
Esses sim me fazem tremer.
Um homem que dorme na rua,
Uma criança que se vende.

O mundo que me mata
Me tona vivo,
Faz-me querer lutar.

26/07/2008
Phelipe Bezerra Braga

Estou Bem

ESTOU BEM

Estou bem,
E estou vivo
É a única coisa
Que me importo agora.

Enquanto não consigo
Viver
Sem me apaixonar
E sorrir sozinho pelo mundo.

E você sabe
Como me ajudar.
Apenas olhe para mim
Como alguém há quem
Possa se apaixonar.

19/10/2008
Phelipe Bezerra Braga

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Um Menino Antonio


UM MENINO ANTONIO

É ainda noite quando
Ele sai para trabalhar.
Caminha sobre a terra seca
Em busca do sustento.
Trabalha enquanto o sol
Devora sua juventude.

No fim do dia
Ele volta para casa,
E carrega consigo um litro de leite,
O suficiente para manter seus irmãos
Ainda vivos.

A noite trazia a esperança e os sonhos,
O menino subia em uma cerca
E ficava a admirar o céu estrelado,
E surpreende-se com a beleza
Das luzes vistas ao longe
Quando os carros passavam.

E faziam seus olhos brilharem
E ver um outro mundo.
02/11/2008
Phelipe Bezerra Braga

Um Abismo


UM ABISMO

Falta-me um pouco de ar
Algo me aperta
Não consigo gritar.
As lágrimas saem
E tentam aliviar a dor.

Como se pudessem levá-la embora.
Mas não é o bastante.
A imagem de um suicídio se repete,
Desculpas não fazem a menor diferença
Diante da dor.

Não quero o conforto de teus abraços.
Espero apenas que tuas mãos
Não me deixem no chão.
Já que não posso estar ao teu lado agora.

03/11/2008
Phelipe Bezerra Braga

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Lua Cheia


LUA CHEIA

Sento e fico olhando a lua,
Só para senti-lá mais perto.
Escuto o vento brincar com as árvores.

Tanta distancia,
Não faz diminuir,
O teu perfume,
Que me anima.

Sei que não posso,
Toca-lá agora,
Mas minhas lágrimas,
Fazem-me crer,
Que posso voar.

E feito o Pequeno Príncipe,
Irei viver ao teu lado.

19/10/2008
Phelipe Bezerra Braga

Primeiro Encontro


PRIMEIRO ENCONTRO

O nosso primeiro encontro
Será como um de velhos amigos,
Trocaremos afetos e sorrisos.

E cada um vai descobrir
O perfume do outro,
Que a pele é bem mais macia
E o abraço é bem mais sincero.

E vão juntos descobrir,
A graça de um sorriso sem graça
Enquanto os olhares,
Desajeitados querem se encontrar,
Mas acabam fingindo fugir.

A primeira vista,
Teus olhos vão buscar um Deus.
E os meus,
Apenas vão procurar o teu sorriso.

29/10/2008
Phelipe Bezerra Braga

Ventilador

VENTILADOR

A cidade está deserta,
Tão clara e silenciosa,
Talvez a explicação venha do céu.

Ou do suor,
Que desce suavemente,
Sob minha pele ainda quente.

As pessoas se protegem,
Em suas casas e vagam,
Como fantasmas presos ao conforto.

Um conforto hipnotizante,
Muitas vezes paralitico.
E a vida se vai,
Diante de um ventilador.

09/10/2008
Phelipe Bezerra Braga

Presos a Pesadelos


PRESOS A PESADELOS
A noite é sempre,
Um pouco mais longa,
Para mim.

A insônia,
O mundo,
Deixam-me acordado.

Enquanto alguns sonham,
Outros temem dormir.
Presos a pesadelos,
Cada vez mais reais.

São três horas da manhã,
E não consigo dormir.

18/09/2008
Phelipe Bezerra Braga

O nascer da Revolução


O NASCER DA REVOLUÇÃO

A revolução,
Nasce das lágrimas,
E da dor opressora.

A esperança,
Nasce do brilho,
Nos olhos daqueles,
Que acreditam na luta.

E quando os gritos,
De ordem cessarem,
E os rostos,
Ganharem um sorriso,
A revolução estará próxima.

20/09/2008
Phelipe Bezerra Braga

Perdidos e, Sonhos

PERDIDOS EM SONHOS

Numa noite qualquer,
Quando as estrelas sumirem,
Viverei minha ultima noite.

As ruas desertas,
Como numa tarde de domingo,
Estarei livre,
Livre dos olhares inquisidores,
Livre das colunas sociais.

Morrendo aos poucos,
Como um suicida,
Que corta os pulsos,
E se vai,
Rodeado de sonhos perdidos.

22/09/2008
Phelipe Bezerra Braga

domingo, 2 de novembro de 2008

Soneto De Prova


SONETO DE PROVA

Não vi teu sorriso esta manhã,
Meus olhos por ti procuraram
Tentei me enganar entre sonhos
Pedi a Deus para te encontrar.

E teu corpo na noite abraçar
Como um agasalho no inverno.
Em uma noite interminável
Onde teus beijos me encontraram.

As estrelas nos acompanharam
Enquanto brinco com o meu tempo
Espalho segredos ao vento.

Entrego-me a ti enquanto tento
Arrancar o teu belo sorriso
Enfeitiçado pelo teu perfume.


Phelipe Bezerra Braga

Realidade


REALIDADE

Se quisesse apenas um beijo,
Entregar-me-ia
Aos primeiros abraços
Que me acolherem.

Mas não desejo apenas,
Estes teus lábios tão doces
Tua pele tão macia.

Não quero apenas
Sonhar acordado.
Me ver envolto
De uma realidade,
Que não é minha.

Prefiro viver sonhando,
Com uma realidade
Menos solitária.

Phelipe Bezerra Braga

Poema do fim do Amor

Poema do fim do amor

O amor carcomido,
cá comido pela maresia do tempo,
boceja.
Torneira de ferro,
Poucas gotas expontâneas,
há que haver um berro
para que o jorro lave a pia.

Água tão antiga...
o amor, como bicho, chia
rarefeito;
me queima garganta
dizer que aceito,
por isso ainda canta
nalgum lugar cá dentro
a voz pouca da esperança.

Dança
o amor
na lâmina do cotidiano:
dia, ano...
o amor é caprichoso.

Jorge Luan

sábado, 1 de novembro de 2008

Enquanto Sonho


ENQUANTO SONHO

Teus versos...
Me faz sorrir.
Teu sorriso...
Me faz escrever.

E quero ir
Ao encontro de teus braços
E me rever
Em teu abraço.

Enquanto sonho,
Estar preparado
Para amar.


Phelipe Bezerra Braga

Futuro Composto


FUTURO COMPOSTO

Minhas caminhadas noturnas,
Deixaram de ser solitárias,
Você não sai da minha cabeça.

Os trovões não me assustam,
Eles anunciam a chuva,
Que tanto espero.

Quero me molhar,
Em tuas águas,
Sem medo.

Correr entre pingos,
E dançar ao teu lado,
Durante inúmeras noites.


Phelipe Bezerra Braga