Sabe,
Quando há um pouco de tudo em alguma coisa
É quando nada se sabe sobre o que
Mora no fundo desse vazio
Vazio complexo, vazio úmido,
Vazio, imenso e sombrio.
Sabe,
Quando não há o que dizer,
Quando o frio se enrosca em seu corpo,
Vai apertando-lhe o peito, sussurrando frases obscenas,
Espanca suas carnes, invade a sua alma
E você, inerte, sufocado, tenta dormir, apenas.
Sabe,
Quando suas mãos não querem mais
o toque de lápis nenhum
Violentam palavras com socos
Em uma velocidade que te faz estar distante
E você não vê, você não sente
Mas você sabe
Que o poeta é um fingidor,
Finge tanto, em tantas páginas de amor,
Que você até entende elas virarem de repente.
Gabryella Ruiz
Um comentário:
Muito lindo mesmo esse poema Gabryella! Perfeito!
Beijoos
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