Poema do fim do amor
O amor carcomido,
cá comido pela maresia do tempo,
boceja.
Torneira de ferro,
Poucas gotas expontâneas,
há que haver um berro
para que o jorro lave a pia.
Água tão antiga...
o amor, como bicho, chia
rarefeito;
me queima garganta
dizer que aceito,
por isso ainda canta
nalgum lugar cá dentro
a voz pouca da esperança.
Dança
o amor
na lâmina do cotidiano:
dia, ano...
o amor é caprichoso.
Jorge Luan
Nenhum comentário:
Postar um comentário