domingo, 2 de novembro de 2008

Poema do fim do Amor

Poema do fim do amor

O amor carcomido,
cá comido pela maresia do tempo,
boceja.
Torneira de ferro,
Poucas gotas expontâneas,
há que haver um berro
para que o jorro lave a pia.

Água tão antiga...
o amor, como bicho, chia
rarefeito;
me queima garganta
dizer que aceito,
por isso ainda canta
nalgum lugar cá dentro
a voz pouca da esperança.

Dança
o amor
na lâmina do cotidiano:
dia, ano...
o amor é caprichoso.

Jorge Luan

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