sábado, 25 de outubro de 2008

Turdus rufiventris

Ave, por que tu sobes
Em teu vôo calmo
Toda vez que eu ando
Tentando pisar
No mais seco solo
Com solas mais nobres
Tu me redescobres,
Volta a decolar

Esse vôo leve
Não espera ainda
Que o que ele pensa
Ser, de todo, igual
Se revele, em breve,
Solidão mais linda
Tendo o que se inventa
Sobre o natural

Mal não faz algum
Resto de querer
Bem devia ser
Tido como a flor
Nasce do cantar
Fica até o fim
Ri, a madrugar
Volta aqui pra mim
Ave, não se vá

Só quero o meu bem
Só quero o teu bem

Fique,
Cante em paz
Olhe o céu,
Olha essa cena!
Quietinho, rapaz
Fica assim,
Pois é o fim
Deste poema

Gabryella Ruiz

Um comentário:

Anônimo disse...

Show de bola Gaby. Tá muito massa essa.